A Copel vai modernizar uma das usinas mais emblemáticas da empresa – a hidrelétrica Governador Parigot de Souza, localizada em Antonina. Orçado em R$ 223 milhões, o projeto prevê a troca dos principais componentes elétricos e mecânicos dos geradores de energia e sistemas auxiliares. As equipes que atuarão nesse grande empreendimento já estão mobilizadas e a conclusão dos trabalhos está prevista para 2029.
Em operação desde 1970, a hidrelétrica Parigot de Souza é a maior central subterrânea do Sul do País, com 260 MW de potência instalada – capacidade suficiente para atender ao consumo de até 750 mil pessoas. As quatro unidades geradoras de energia serão reformadas, uma por vez, para não haver paralisação completa da planta.
A usina deverá contar com cerca de 50 pessoas realizando o trabalho nos períodos de maior atividade. O município de Antonina será beneficiado com um aumento na arrecadação de impostos e aquecimento da economia local. A previsão é de que os quatro anos de atividade na usina possam resultar em até R$ 1 milhão aos cofres municipais em Imposto sobre Serviços (ISS).
O ano de 2025 será dedicado ao detalhamento de projeto e fabricação de componentes e, na sequência, os equipamentos começarão a ser atualizados. Essa revitalização das unidades geradoras vai permitir que a usina siga operando nas próximas décadas para oferecer energia elétrica aos clientes com tecnologia mais avançada, segurança e dentro dos parâmetros ideais de eficiência.
“Essa é uma usina extremamente relevante para a Copel e para o setor elétrico, um marco da engenharia, que vai receber agora um investimento robusto para aumentar a confiabilidade da operação e garantir um desempenho ainda melhor na produção de energia”, destaca o diretor de Geração e Transmissão da Copel, Moacir Bertol.
Durante um evento de lançamento do projeto, realizado na sede da Copel no dia 19 outubro, houve a formalização do contrato de trabalho da companhia com a Andritz Hydro, responsável pelo fornecimento e montagem dos equipamentos, e o alinhamento das equipes envolvidas nas diversas frentes de trabalho em cada uma das empresas.
JOIA NA SERRA – A casa de força da Usina Parigot de Souza está instalada em Antonina, mas o reservatório da hidrelétrica, formado pelo represamento do rio Capivari, fica no município de Campina Grande do Sul, a 50 km de Curitiba – localidade com altitude maior.
Para gerar energia, a água captada na represa do Capivari atravessa um túnel de 15 km escavado na Serra do Mar Paranaense, passa por uma instalação chamada chaminé de equilíbrio, que reduz a pressão nos túneis, e chega ao conduto com extensão de 1.080 metros que leva a água até as turbinas, instaladas na base da montanha.
Essa configuração com grande desnível entre o reservatório e as turbinas é um dos grandes segredos desse projeto de engenharia. Com os 750 metros de queda, a velocidade da água pode chegar a 426 km/hora, garantindo grande eficiência na produção de eletricidade. Após movimentar as turbinas, a água do rio Capivari é lançada no rio Cachoeira. É por essa configuração que o empreendimento foi originalmente batizado com o nome de Usina Capivari-Cachoeira.
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