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Educação Ensino Superior

Documentário sobre acolhida de pesquisadores ucranianos no Paraná será lançado quarta-feira

Obra é produzida pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em parceria com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e...

25/07/2025 15h15
Por: Redação Fonte: Secom Paraná
Foto: UEPG
Foto: UEPG

Um documentário que retrata a vida de famílias ucranianas acolhidas no Paraná, após o início da Guerra na Ucrânia. Essa é a história de Rodyna, obra produzida pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em parceria com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e Fundação Araucária. Com mais de três anos de produção, o filme será lançado nesta quarta-feira (30), na Cinemateca de Curitiba, a partir das 16h30.

Em ucraniano, Rodyna significa família. Desde o início dos ataques russos, em fevereiro de 2022, as famílias ucranianas não são mais as mesmas. No Paraná, os pesquisadores encontraram um recomeço, com a oportunidade de desenvolver atividades nas instituições de ensino superior do Estado e manter seus familiares seguros, por meio do apoio oferecido pelo Governo do Paraná.

"Há várias formas de acolhida. Uma delas é registrando a passagem dos pesquisadores ucranianos pelo Paraná e também de suas famílias", destaca o reitor da UEPG e coordenador do projeto, professor Miguel Sanches Neto. "O filme alia, ao mesmo tempo, a presença desses ucranianos no Paraná e a ausência deles na Ucrânia, por conta do momento de guerra vivido pelo país". Segundo o reitor, o documentário é de grande relevância histórica e humanística. "Ele ressignifica a palavra família em outras terras, em terras que são estrangeiras para os ucranianos, mas que se tornaram também uma pátria. Uma pátria com raízes profundas, uma vez que a migração ucraniana é forte no Paraná". Para Sanches Neto, Rodyna registra um importante momento histórico no mundo, feito a partir do Paraná, de Ponta Grossa.

A equipe do Rodyna, coordenada pela jornalista Luciane Navarro e formada pelos profissionais Fabio Ansolin, William Clarindo, Jéssica Natal, Henry Milléo, Julio César Prado, Mirna Bazzi e Cristina Gresele, acompanhou a rotina de 22 bolsistas ucranianos, suas famílias e colegas de trabalho nas universidades. O grupo percorreu, desde 2022, as cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Irati, Jacarezinho, Guarapuava, Londrina, Prudentópolis, Maringá, Foz do Iguaçu e Toledo. Os três anos de trabalho resultaram em cerca de 200 horas de gravação e mais de 150 horas de produção e edição. O trabalho resultou na obra que tem 67 minutos.

Para contar a história, o projeto realizou captações na Seti, Fundação Araucária, Universidades estaduais de Londrina (UEL); Maringá (UEM); Ponta Grossa (UEPG); Centro-Oeste (Unicentro); Oeste do Paraná (Unioeste); e Norte do Paraná (Uenp); Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR); e Instituto Federal do Paraná (IFPR). As locações incluíram também o Parque Nacional do Iguaçu, Memorial Ucraniano, Museu Campos Gerais, em Ponta Grossa, Sociedade Ucraniana do Brasil, em Curitiba, e Museu do Milênio, em Prudentópolis.

O PROGRAMA DE ACOLHIDA AOS PESQUISADORES- O projeto faz parte do Programa Paranaense de Acolhida aos Cientistas Ucranianos, iniciativa do Governo do Paraná, que busca prestar acolhimento social, em forma de apoio, nas atividades cotidianas dos pesquisadores ucranianos e suas famílias, com o objetivo de integrá-los socialmente, a partir da vivência acadêmica e social. Sem previsão para o fim da Guerra na Ucrânia, o Programa se tornou permanente, em 2024, com recebimento contínuo de pesquisadores pelas universidades.

"O Programa tem se revelado de grande sucesso, não só pelo seu aspecto humanitário, mas também pelo aspecto científico. Isso aparece retratado neste documentário, muito bem produzido pela equipe da Universidade Estadual de Ponta Grossa", ressalta o secretário da Seti, Aldo Nelson Bona. "Trata-se agora de um material que compõe um acervo importante para compreender este momento crítico que é a guerra, mas também para compreender a perspectiva das pessoas por ela afetadas, e que recebem um acolhimento, como é o caso do nosso programa liderado pela Fundação Araucária".

A Fundação Araucária coordenou o programa de acolhida, em parceria com as universidades. De acordo com o presidente Ramiro Wahrhaftig, o lançamento do documentário comprova o impacto positivo do Programa no sistema de ciência, tecnologia e inovação do Paraná. “Os pesquisadores contribuem, dentre outras iniciativas, com os nossos programas de pós-graduação. Essa troca de conhecimento pode ser identificada nas mais variadas áreas e resulta no desenvolvimento de pesquisas e projetos conjuntos, não só com as nossas universidades, mas também com a de outros países, fortalecendo as ações de internacionalização”, destaca.

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